Dilma aumenta a segurança no 7 de Setembro por temer violência

Os
atos de vandalismo durante as manifestações de junho fizeram com que a
presidente Dilma Rousseff autorizasse segurança reforçada para o desfile
de 7 de Setembro, na capital do país.
Segundo a Folha
apurou, além dos já tradicionais detectores de metal, haverá revista de
bolsas e mochilas. O objetivo é evitar que manifestantes portem bombas
caseiras e coquetéis molotov. Nos últimos atos em Brasília, a polícia
revistou os que foram aos protestos.
Na
semana passada, Dilma coordenou pessoalmente uma reunião para tratar
dos detalhes da segurança e do desfile. Apesar de reforçado, há um
esforço do Planalto para que o aparato organizado para a celebração não
seja ostensivo a ponto de assustar frequentadores ou demonstrar
"paranoia", conforme disse um auxiliar.
A Folha
apurou que o serviço de inteligência do governo recomendou o aumento na
segurança, mas considera não haver motivos para alarde. A decisão da
Câmara de não cassar na semana passado o deputado federal condenado
Natan Donadon (ex-PMDB-RO), porém, é tida como elemento capaz de
estimular os protestos de rua.
Assessores da presidente consideram que não há indicação de atos anti-Dilma.
ESTRATÉGIA
A
estratégia da segurança do Planalto para o desfile incluiu também o
aumento no número de convidados da Presidência. Essas pessoas ocuparão
as arquibancadas mais próximas do palanque presidencial, evitando que
manifestantes se posicionem no entorno dos locais pelos quais Dilma
circulará.
Profissionais
de segurança encarregados do evento afirmam que a presidente está
especialmente preocupada com atos promovidos pelo grupo "black bloc".
Eles usam como estratégia manifestações violentas para chamar atenção.
O
grupo de ativismo hacker Anonymous organiza para o dia 7 um grande
protesto pelo país. A página do evento no Facebook havia distribuído até
ontem 4,8 milhões de convites para os atos, dos quais 362 mil haviam
confirmado participação.
Como
ocorre todos os anos, ministros e assessores poderão levar seus filhos à
celebração, apesar do temor de manifestações violentas no desfile. Eles
ficarão na tribuna de honra.
O desfile deste ano terá duração mais curta do que a tradicional. Vai ter cerca de uma hora e meia, 60 minutos a menos do que as paradas de outros anos.
O desfile deste ano terá duração mais curta do que a tradicional. Vai ter cerca de uma hora e meia, 60 minutos a menos do que as paradas de outros anos.
Interlocutores do governo afirmam que a mudança na duração da parada não tem relação com os protestos.
Eles explicam que neste ano não haverá a apresentação da Esquadrilha da Fumaça, considera o ponto alto da solenidade.
No
dia 12 passado, uma dupla de piloto e copiloto morreu quando testava um
exemplar da nova frota de aviões turboélices, os Super Tucanos. O
acidente provocou o cancelamento da apresentação de 7 de Setembro para
que houvesse mais tempo para treinamentos.
Fonte Barra Portal Folha
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