13º salário vai injetar R$ 1,1 bi na PB; especialista recomenda quitar dívidas
Os
recursos injetados na economia paraibana com o pagamento do 13º salário
dos trabalhadores serão de R$ 1,1 bilhão em 2013. Um incremento que
deixa comerciantes animados e com expectativa de aumento nas vendas em
relação ao ano anterior. Mas, para especialistas, o dinheiro extra deve
ser gasto, primeiro, com a quitação de dívidas.
É
o que recomenda o economista professor da Universidade Federal da
Paraíba, Alysson André Cabral. Ele diz que a dica para quem está com
dívidas em atraso é procurar quitar esses débitos.
Alysson
lembra também que os trabalhadores devem atentar para os compromissos
no início do próximo ano, como férias, passeios, matrícula, material
escolar, IPTU, taxa de coleta de resíduos, IPVA (para quem possui
automóveis com placas de final 1 e 2).
Com
relação aos cuidados para não comprometer o orçamento de dezembro e
janeiro, é preciso adotar o planejamento para todos os meses do ano,
conforme orienta Alysson André Cabral. Ele fala que é necessário um
esforço para ajustar os gastos ao salário mensal, "de preferência, que
seja possível guardar uma parte como precaução, para cobrir eventuais
gastos imprevistos (remédios, substituição ou conserto de
eletrodoméstico etc.), e a outra parte do dinheiro recebido para atingir
um objetivo maior (carro novo, casa/apartamento, uma viagem etc.)", ou
seja, poupar um percentual do salário.
Festas e presentes
Apesar
de ser mais apropriado estabelecer a quitação das dívidas como meta
prioritária, o especialista enfatiza também que a intenção do 13º é ser
uma gratificação natalina, um salário extra para que o trabalhador possa
cobrir despesas comuns nesta época do ano, como confraternizações com
amigos e parentes, além de proporcionar mais conforto para a família nas
comemorações da tradicional festa cristã, o Natal. Basta, apenas, que
haja uma boa organização dos gastos.
Alysson
recomenda fazer um orçamento e estabelecer uma quantia máxima que
poderá ser utilizada para confraternizações, presentes e passeios e
assim evitar a "ressaca financeira" de janeiro, quando quem se excedeu
nos gastos de fim de ano começa a receber as contas do cartão de crédito
e descobre que já comprometeu, além do 13º, os salários dos primeiros
meses do ano.
Outra
dica é para que as pessoas procurem priorizar as confraternizações mais
importantes. "Geralmente, aproveitar as festas com colegas de trabalho e
a família, além da noite de Natal e de Revéillon. Se puder unir as
festas pode ser ainda melhor, como o Natal em confraternização com a
família".
Comércio e compras
Apesar
dos economistas indicarem cautela, os comerciantes, esperam um aumento
de 6% no volume de vendas em relação ao ano anterior, conforme
levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de João Pessoa.
Alguns consumidores afirmam que, apesar das dívidas, os presentes e as festas de confraternização não podem deixar de acontecer.
"Destino
o pagamento de dívidas e das despesas que tenho no início do ano, que
não são poucas, mas não posso deixar de reservar um pouco do dinheiro
para dar o presente de Natal das crianças e participar das
confraternizações e das trocas de presentes", comenta a professora
Gisele Almeida.
A
comerciária Carla Fernandes também relaciona o espírito natalino à
troca de presentes. "Fazemos 'amigo secreto', já que não podemos
presentar a todos. É divertido, faz a festa ficar bem mais agradável e
econômica”.
História do 13º salário
O
13º existe desde 1962, quando o então presidente João Goulart assinou a
lei que criava o benefício, aprovada pelo Congresso Nacional, após
intensa pressão dos sindicatos de trabalhadores com a realização de
manifestações de protesto, passeatas, greves. O autor da proposta foi o
deputado federal Aarão Steinbruch, que era advogado trabalhista e
prestava consultoria a sindicatos.
O salário extra é pago em duas parcelas. A primeira deve acontecer até 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro.
Fonte: Barra Portal
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