Paraíba receberá mais de R$ 7,8 milhões para ações de combate à dengue
O
Ministério da Saúde está repassando um total de R$ 7.882.619,57 para a
Paraíba intensificar as medidas de vigilância, prevenção e controle da
dengue. Desses recursos, R$ 5.693.134,35 serão destinados aos municípios
paraibanos, para serem aplicados na qualificação das ações de combate
ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, o que inclui o
aprimoramento dos planos de contingência.
Em
contrapartida, os municípios precisam cumprir algumas metas, como
disponibilizar quantitativo adequado de agentes de controle de endemias,
garantir cobertura das visitas domiciliares pelos agentes, adotar
mecanismos para a melhoria do trabalho de campo, realizar o Levantamento
Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e o Levantamento de
Índice Amostral (LIA), com ampla divulgação nos veículos de comunicação
locais, como também notificar os casos graves da doença, entre outras
ações.
Índice
de Infestação Predial - De acordo com levantamento feito pela
Secretaria de Estado da Saúde (SES), após a conclusão do Índice de
Infestação Predial (IIP%) realizado em 170 municípios da Paraíba, no
período 1° de outubro a 10 de novembro, 51 municípios (22,8%) foram
classificados como baixo risco, 80 (35,8%) como médio risco, 39 (17,4%)
como alto risco e 53 municípios (23,8%) sem informações.
“Nos
119 municípios classificados em situação de alerta e risco, as
residências pesquisadas apresentaram larvas do mosquito, em sua maioria
em depósito ao nível do solo e também em depósitos para armazenamento de
água. É considerado estado de alerta quando os imóveis pesquisados
apresentam índice entre 1,5 a 3,9%, satisfatório quando fica abaixo de
1% e estado de risco acima de 3,9%”, informou Antônio Neto, do Núcleo de
Fatores Biológicos da SES. Segundo ele, esses dados são importantes
para nortear os trabalhos dos gestores municipais na identificação dos
bairros e ruas com maior número de focos de reprodução do mosquito da
dengue.
Os 51 municípios classificados como baixo risco são: Amparo, Aparecida, Baía da Traição, Baraúnas, Belém, Bernardino Batista, Bonito de Santa Fé, Boqueirão, Cabedelo, Caiçara, Cajazeirinha, Camalaú, Coremas, Coxixola, Cubati, Cuité,
Cuitegí, Curral Velho, Dona Inês, Guarabira, Gurinhem, Gurjão, Igaracy,
João Pessoa, Lagoa de Dentro, Lastro, Mãe D’água, Manaíra, Montadas,
Monte Horebe, Nova Olinda, Olivedos, Passagem, Pedra Branca,
Pedra Lavrada, Pilões, Pilõezinhos, Pombal, Quixabá, Riachão do Poço,
São Sebastião de Lagoa de Roça, São Domingos de Pombal, São Francisco,
São João do Cariri, São João do Tigre, Sobrado, Sossego, Sumé, Taperoá,
Tenório e Vieiropólis.
Os
80 municípios classificados como médio risco são: Alagoinha, Araçagi,
Arara, Araruna, Areia, Areial, Bananeiras, Barra de Santana, Bayeux, Boa
Vista, Borborema, Brejo do Cruz, Brejo dos Santos, Caaporã, Cachoeira
dos Índios, Caldas Brandão, Campina Grande, Campo de Santana, Caraúbas,
Catingueira, Caturité, Conceição, Condado, Congo, Damião, Diamente, Duas Estradas, Esperança, Frei Martinho,
Ibiara, Imaculada, Juazeirinho, Juru, Lagoa, Lagoa Seca, Logradouro,
Lucena, Malta, Mamanguape, Marizópolis, Mataraca, Mato Grosso, Maturéia,
Mogeiro, Monteiro, Munlugu, Nazarezinho, Nova Floresta, Nova Palmeira, Olho D’água, Ouro Velho, Parari, Paulista, Piancó, Pirpirituba, Picuí,
Princesa Isabel, Riachão, Salgadinho, Salgado de São Félix, Santa Cruz,
Santa Rita, Santana de Mangueira, Santana de Garrotes, São Bentinho de
Pombal e São João do Rio do Peixe.
Já os 39 municípios classificados com alto risco foram: Alagoa Grande, Alagoa Nova, Alhandra, Areia de Baraúnas, Barra de Santa Rosa,
Belém do Brejo do Cruz,Bom Jesus, Bom Sucesso, Cacimbas de Areia,
Cacimbas, Cajazeiras, Casserengue, Catolé do Rocha, Desterro, Emas,
Fagundes, Ingá, Itabaiana, Itaporanga, Itatuba, Jericó, Juarez Távora,
Junco do Seridó, Juripiranga, Livramento, Massaranduba, Patos, Pocinhos,
Prata, Santa Luzia, Santa Terezinha, São Bento, São Mamede, Sapé, Serra
Branca, Sertãozinho, Teixeira, Triunfo e Zabelê.
A
Gerência Operacional de Vigilância Ambiental da SES (GOVA) recomenda
que os municípios que não têm cobertura de 100% dos Agentes de Combate a
Endemias (ACEs) devem abrir edital de seleção ou concurso público, como
forma de minimizar os efeitos dos vazios sanitários, ou seja, das áreas
descobertas. Já os municípios que apresentam médio e alto risco devem
intensificar as visitas domiciliares, enfatizando o tempo de permanência
no interior das residências e a qualidade do trabalho educativo. Além
disso, as Secretarias Municipais de Saúde devem analisar as áreas com
baixa cobertura e elevada pendência, utilizando mecanismo e/ou
estratégias que possam diminuir o percentual de imóveis pendentes e
fechados.
A
GOVA recomenda também que o combate focal ao mosquito seja
intensificado, na mobilização e parceria com a sociedade civil, para
ações de proteção e limpeza de residências e locais de trabalho, além de
outras medidas de vigilância vetorial nos municípios e regiões
afetadas, segundo os planos de contingências. A continuidade, por parte
das SMS, das ações de coletas de materiais que não servem mais, como
pneus velhos, além da fiscalização em imóveis com grande circulação de
pessoas, como faculdades, hospitais, empresas, indústrias, rodoviárias,
mercados públicos, entre outros.
Óbitos
– Até a Semana Epidemiológica 42, que equivale ao período entre 1 de
janeiro e 19 de outubro deste ano, a SES confirma, através da conclusão
dos inquéritos realizados pelos municípios, um total de 11 óbitos por
dengue nos municípios de Arara (1), Conde (1),Casserengue(01), Campina
Grande (3), João Pessoa (2), Pitimbu (1), Salgado de São Félix (1) e
Santa Rita (1) . “Este dado é real e está diferente do divulgado pelo
Ministério da Saúde em coletiva no dia de ontem (20), o qual já foi
solicitado à retificação das informações divulgadas”, disse Antônio
Neto.
Em
relação ao ano de 2012, a Paraíba teve o mesmo percentual de óbitos
(11) no mesmo período analisado, nos municípios de: Itabaiana(1), Olho
D’água (1), Patos (1), Bayeux (1) e João Pessoa (7), conforme o boletim
Nº 13, disponível na página da Saúde do Estado.
Ações
– Durante todo o ano de 2013 a SES realizou diversas ações de combate à
dengue, como qualificações do manejo clínico da dengue para
enfermeiros, médicos e profissionais dos núcleos hospitalares de
vigilância epidemiológica, alinhamentos técnicos com Gerências Regionais
de Saúde (GRS) e gestores municipais e monitoramento dos casos graves e
óbitos. Além disso, houve um aumento dos números de exames
laboratoriais através do estado junto aos municípios, monitoramento das
ações realizadas pelos municípios elencadas no Plano 2013 e apoio aos
municípios na elaboração dos Planos de Contingência para 2014.
Para
2014, a SES recomenda que os gestores continuem as ações, lembrando que
é necessário responsabilizar os gestores municipais na realização das
ações, mantendo os ambientes públicos limpos, com o recolhimento regular
de lixo nas vias e a limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e
borracharias. Já para a população, a SES recomenda que esta fique alerta
aos primeiros sintomas da dengue, como febre, dor de cabeça, dores nas
articulações e no fundo dos olhos, devendo procurar o serviço de saúde
mais próximo. “É importante também que a população verifique o adequado
armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de
todos os recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros
do mosquito”, ressaltou Antônio Neto.
Fonte:Cuité PB Oline
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