Prefeituras da PB recorrem à Justiça e fogem da obrigação de nomear concursados Prefeituras da PB recorrem à Justiça e fogem da obrigação de nomear concursados
Prefeituras
da Paraíba estão recorrendo ao Tribunal de Justiça para derrubar a
obrigação de nomear concursados, que tiveram decisões favoráveis em
comarcas locais, nas vagas remanescentes que ainda são ocupadas por
servidores comissionados. Na maioria dos casos, os gestores tentam, com
os recursos em instâncias superiores, esgotar os prazos de validade dos
concursos.
Decisões
judiciais nesse sentido têm gerado polêmica no TJPB, porque os aprovados
nos certames vão à Justiça para obrigar as prefeituras a nomeá-los,
principalmente quando verificam que novas contratações de servidores sem
concurso estão ocorrendo em seus municípios. Para eles, há má fé dos
gestores públicos, que deixam para ingressar com os recursos já no final
do prazo de validade e, assim, podem nomear por meio de contrato
temporário, que tem vínculo empregatício precário.
O desembargador do Tribunal de Justiça, Abraham Lincoln, informou
que existem mais de 40 processos relacionados a concursados para
análise do seu gabinete e o ideal seria que existisse
uma decisão uniformizada da Corte para os casos. “São, por exemplo,
municípios que realizam concurso público e colocam no edital 20 vagas.
Durante o prazo de validade do certame, eles chamam 15. Depois de
finalizado o prazo, eles não teriam mais obrigação de nomear os demais e
muitas vezes recorrem a contratados”, exemplificou.
Mas as
contratações sem concurso público criam polêmica e revoltam os que
estudaram, investiram e passaram por todo o processo de seleção. Ele
acabam ingressando com ações na Justiça, alegando o direito de serem
nomeados, ao invés de ver a vaga preenchida por uma pessoa nomeada por
critérios políticos.
O
desembargador Abraham Lincoln citou casos em que as prefeituras
realizam o concurso e nomeiam todos os aprovados para as vagas
oferecidas. Mesmo assim, ao invés de realizar novo concurso, recorrem à
contratação temporária. “A polêmica é muito grande e a decisão depende
do entendimento do juiz. Em muitos casos eles decidem a favor dos
concursados”, revelou.
Liminares
Um caso que
está para ser analisado pelo desembargador Abraham Lincoln é de uma
professora do município de Paulista (na região do Sertão paraibano, a
410 quilômetros de João Pessoa), que foi aprovada no último concurso
realizado pela Prefeitura.
Sonia Maria
Pereira conseguiu, através de liminar da comarca, ser nomeada para o
cargo. No entanto, a Prefeitura do Município de Paulista impetrou
recurso para derrubar a decisão.
A professora
alegou que a Prefeitura de Paulista teria colocado no lugar dela uma
contratada por tempo determinado. O processo é só mais um que chega à
instância estadual em que o desembargador Abraham Lincoln foi designado
relator. O magistrado disse que ainda está analisando o caso para poder
tomar uma decisão.
Fonte:Por Luciana Rodrigues/Portal Correio Paraíba Portal
Comentários
Postar um comentário