Festas juninas: Especialista alerta para o risco dos fogos de artifício
Os
festejos juninos são os mais aguardadas do ano pelos nordestinos. Além
das quadrilhas, do forró e das comidas típicas, também fazem parte da
tradição os fogos de artifício, que encantam crianças e adultos. Mas
esse costume pode trazer riscos. As queimaduras geradas por bombas desse
tipo geralmente são graves e podem até gerar amputação. Pais devem
redobrar a atenção às crianças e procurar se informar sobre como prestar
os primeiros socorros em casos de acidentes.
Como
explica a dermatologista Daniele Maltez, do Hapvida Saúde, as
queimaduras causadas por fogos de artifício são de segundo ou terceiro
grau. “O que diferencia esses dois tipos é a gravidade e profundidade de
acometimento da pele. A de segundo grau é bastante dolorosa, tem
formação de bolhas e pode deixar cicatriz por perda de tecido. Já a de
terceiro gera lesão de áreas mais profundas da pele, podendo chegar até o
músculo e, a depender do local e da potência do fogo de artifício, pode
haver até mesmo amputação”.
O
manuseio dos fogos deve se dar da forma mais cautelosa possível,
inclusive quando não estiverem acesos. Às vezes as pessoas guardam no
bolso e seguram até com a boca, quando vão acender. Eles podem acabar
explodindo sozinhos, causar acidentes gravíssimos e deixar sequelas
sérias. “Tem que se ter muito cuidado na manipulação desses produtos,
principalmente onde há crianças”, ressalta Daniele.
Crianças
nunca devem manusear fogos de artifício. E mesmo quando forem brincar
com artefatos mais simples, como as populares chuvinhas, o ideal é terem
supervisão de um adulto. O local onde os fogos serão utilizados também é
importante. A recomendação é evitar espaços onde haja concentração de
pessoas, residências e fiação elétrica.
Risco de infecção
As
queimaduras, além do trauma, podem ainda abrir caminho para infecções, o
que pode agravar a situação. “Qualquer queimadura é considerada como
potencial a infecções. É claro que esse risco aumenta a depender do tipo
de queimadura (1º, 2º ou 3º grau) e da sua extensão. Geralmente, as
infecções são por contaminação bacteriana. Às vezes por má conduta
imediatamente após o acidente ( como uso de manteiga, pasta de dente,
borra de café) ou porque a área de extensão é muito grande, levando a
uma queda na imunidade da vítima, o que facilita a infecção. E, além do
risco de infecção, há ainda o de desidratação, que também depende do
tipo e da extensão da queimadura”, explica Daniele Maltez.
Socorro
Saber
o que fazer quando alguém se queimar é muito importante para evitar o
agravamento do caso e diminuir o risco de infecção. Como explica a
dermatologista Daniele Maltez, o primeiro passo, quando os casos forem
de primeiro ou segundo grau, é retirar a vítima do agente causador da
queimadura e colocar a parte do corpo atingida sob água corrente apenas
fria, e não gelada. “Isso fará com que a temperatura do local diminua.
Se a área atingida for muito grande, pegue panos limpos e embebeça com
água fria e faça compressas no local, sempre trocando até chegar ao
socorro hospitalar”, explica
“Não
coloque nenhuma substância em cima da queimadura, pois essas
substâncias podem levar à infecção e caso haja necessidade de limpeza do
local no hospital, dará mais trabalho ao médico assistente. Se houver
formação de bolhas, não as estoure, procure o médico e este avaliará a
melhor conduta. No caso de queimaduras de terceiro grau, com ou sem
amputação, faça o mesmo procedimento e leve a vítima o mais rápido
possível a um pronto socorro”, complementa a médica.
Daniele
explica ainda que, no caso de haver amputação e o membro amputado
estiver ao alcance, quem prestar socorre deve calçar uma luva e colocar,
se possível, “o membro em uma vasilha com gelo. Não coloque diretamente
em contato com o gelo, envolvendo-o em um saco plástico, e entregue ao
médico da unidade de atendimento para a qual a vítima for conduzida”.
Fonte:http://www.paraiba.com.br
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